quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Transposição do Rio São Francisco - O que o Governo Federal diz?

Projeto do São Francisco tem novo cronograma de licitações

23/05/2012 12:57 - Portal Brasil

O novo cronograma de licitações do Projeto de Integração do Rio São Francisco foi apresentando na terça-feira (22) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, durante audiência pública na Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Integração Nacional e CGU realizam auditoria no lote 6 do Projeto São Francisco

"Encerramos a parte mais difícil que é a de negociação. O avanço dos projetos executivos mostrou que os contratos não cabiam na obra e agora serão necessárias novas licitações. Nosso objetivo é antecipar a oferta de água para o semiárido nordestino", disse o ministro.

O primeiro processo licitatório se iniciou em abril. Trata-se do lote cinco, que compreende a construção de sete barragens, no valor total de R$ 687 milhões. Outras cinco licitações estão programadas para serem realizadas ainda neste ano.

A obra, que vai levar água para 390 municípios de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, está orçada em R$ 8,2 bilhões e deve ser concluída em 2015. Hoje, 4.500 pessoas trabalham no projeto e este número deve subir para 6.500 até dezembro.

Todos os contratos estão sendo acompanhados num trabalho conjunto do Ministério da Integração com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU). "Queremos aperfeiçoar nossas rotinas e melhorar a gestão", enfatizou Bezerra.

O ministro também ressaltou o aumento no investimento em ações socioambientais. A estimativa inicial era de gasto de R$ 400 milhões. Até o final da obra o governo federal destinará R$ 1 bilhão nos 38 programas, entre eles o de preservação da fauna e flora, resgate de bens arqueológicos e a construção das vilas produtivas rurais.

Questionado sobre fotos que mostram erosões no lote seis, em Mauriti, no Ceará, o ministro Bezerra esclareceu que é de responsabilidade do consórcio entregar a obra em perfeito estado, sem ônus para os cofres públicos.

Segundo o ministro, a auditoria realizada em parceria com a CGU neste lote, de responsabilidade das empresas EIT/Delta/Getel, deverá ser concluída em 15 de junho. Este trecho já havia sido auditado no ano passado pelo TCU.

Tranposição do Rio São Francisco


A Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova.

Foi ampliada no governo Lula, mas já é pensado há algumas décadas.
O objetivo seria construir dois canais ligando o rio São Francisco à bacias hidrográficas menores do Nordeste, e aos seus açudes.

Segundo o governo federal, essa seria a saída para solucionar a questão da seca no Sertão nordestino porque distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, abastecendo 12 milhões de pessoas. O custo ficou estimado em 4,5 Bilhões, mas até agora já foram gastos quase 7 bilhões (segundo reportagem do Jornal Nacional) e o prazo para a finalização das obras era este ano (2012), mas o projeto ainda não foi concluído, não havendo ainda estimativa para o seu término.

A transposição tem sido criticada por muitos (ambientalistas, Igreja Católica, entre outros). O governo porém, defende que se pesarmos no "custo benefício", como por exemplo o número de empregos criados e solução do problema da seca, nenhum outro argumento "fica em pé."

O governo também tem o objetivo de executar um projeto de recuperação do rio São Francisco e seus afluentes, pois muitos desses rios sofrem assoreamento, provenientes do desmatamento da região em prol do crescimento agrícola.

Mas quais seriam as vantagens e as desvantagens???

Pensando que o projeto resolveria os problemas sociais existentes na região semiárida nordestina, Aziz Ab'Saber (geógrafo) defende que “o Nordeste Seco abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 km2, enquanto que a área que receberá benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte”. Ou seja, apesar de abastecer parte da população, o resultado seria muito pequeno perto das reais necessidades da população local.
Já o governo alega que 12 milhões de pessoas serão beneficiadas e a irrigação de pólos agrícolas movimentará a economia, aumentando assim, o número de empregos. Mas Aziz Ab'Sáber, alega que “os ‘vazanteiros’ – responsáveis pelo abastecimento das feiras do sertão – que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano serão os primeiros a ser prejudicados. Serão os fazendeiros pecuaristas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm. Nesse sentido, os maiores beneficiários serão os proprietários de terra, residentes longe, em apartamentos luxuosos em grandes centros urbanos”.

É claro que existem mais argumentos a favor e contra a transposição,
Mas e você, qual é a sua opinião?

Opiniões sobre a transposição:


Como estão as obras atualmente, segundo reportagem do Jornal Nacional:



Fontes de pesquisa:
http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/geografia/transposicao-do-rio-sao-francisco.jhtm
Anotações pessoais

Abraços,
Profª Letycia



Nordeste: o problema da seca e suas sub-regiões


Barragem, açude ou represa, são barreiras artificiais, construídas em rios para a retenção de grandes quantidades de água.

O sertão é a maior das sub-regiões nordestinas, seu clima é semi-árido e sua densidade demográfica é baixa.

Sua principal atividade econômica é a pecuária extensiva.

O índice pluviométrico é muito baixo, variando de 300 a 500mm por ano.
As secas são periódicas e por isso os rios temporários secam completamente durante a estiagem, exceto o Rio São Francisco, que é um rio permanente.

Para amenizar o problema da seca, são construídos os açudes. O maior deles chama-se Orós, construído no rio Jaguaribe - CE. Lembre-se que as secas ocorrem apenas no sertão, onde vive uma pequena parcela da população nordestina.

Os climas presentes no Nordeste são: climas equatorial úmido (Meio Norte), litorâneo úmido (Zona da Mata), tropical (Agreste) e tropical semi árido (Sertão), sendo que o último é predominante, pois faz parte do Sertão que é a maior sub-região.

A vegetação predominante é a Caatinga, contudo há faixas de Mata dos Cocais (no Meio Norte), Mata Atlântica (na Zona da Mata) e Cerrado (no Agreste). A caatinga é rica em biodiversidade, e uma espécie de planta presente neste bioma é o mandacaru, um tipo de cacto, considerado um reservatório natural de água, mas não é suficiente para o consumo da população local.

No sertão existem vários poços subterrâneos, mas sua água é salobra (salgada) e a sua dessalinização é um processo caro e não ofereceria muitas vantagens à alguns políticos que não se interessam pelo desenvolvimento da região, devido a Indústria da Seca (assunto que trataremos adiante).

Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem

Voltando à ativa!!!

Como perceberam, o blog está de cara nova!

Isso significa, que depois de um "longo e tenebroso inverno" teremos novos temas, vídeos, textos, tira-dúvida e muito mais!

Fiquem atentos e acompanhem!
Grande abraço,
Profª Letycia