Vários lugares do mundo (como Japão e Europa) passam por problemas em relação ao seu crescimento populacional.
Países desenvolvidos, normalmente, apresentam uma baixa taxa de natalidade o que pode causar um rombo na previdência, já que a população economicamente ativa (PEA - jovens e adultos ativos no mercado de trabalho) sendo menor que a população de idosos, não consegue contribuir de maneira suficiente para o sistema de aposentadoria de um país.
Contudo, o Brasil, conforme o último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já está se tornando um país com menos jovens e mais idosos, o Brasil não é mais um país jovem!?
Dados provisórios do último censo apontam que a população cresceu aproximadamente 10% em 10 anos, todavia, a taxa de fecundidade está abaixo do que seria necessário para um crescimento constante da população (2,1 filhos por mulher), a projeção é que haja uma queda significativa no crescimento populacional do Brasil a partir de 2030 (segundo pesquisas da Unicamp).
Quais seriam as consequências disso?
Com um maior número de idosos e uma diminuição na PEA, há necessidades que precisam ser supridas com urgência como: educação de qualidade para todos, um mercado de trabalho bem desenvolvido, consciência ambiental para o governo e para população e finalmente, um sistema previdenciário que possa se manter.
Nossa pirâmide etária era de base larga, indicando muitos nascimentos e uma grande PEA no futuro, hoje a base da pirâmide está diminuindo e a tendência é que se inverta, porém, a pirâmide etária invertida, normalmente aponta para um país desenvolvido.
Nosso país pode aproveitar o momento e se preparar, mas de que forma?
* Com o envelhecimento da população a PEA aumenta. Significa que haverá mais gente produzindo riquezas (desde que o mercado de trabalho esteja preparado para receber os jovens, ainda inexperientes) e haverá também menos crianças para consumir investimentos - mas deve-se agir rapidamente, antes que a PEA se torne uma população idosa.
* A população menor de 15 anos está diminuindo, logo, haverá menor número de estudantes na Rede Pública de Ensino, facilitando maiores investimentos na área e melhorando a qualidade do ensino público (o que seria maravilhoso!).
* Pode-se fazer investimentos voltados para políticas educacionais qualificando a mão-de-obra a ser oferecida pelos jovens de baixa renda (estimulando a mobilidade social).
Através das projeções feitas pelos economistas é possível afirmar que, futuramente, o Brasil atingirá o mesmo estágio da Europa e do Japão (pirâmide invertida - maior população idosa) e ambos já tem grandes problemas para sustentar sua população idosa, por isso nosso sistema previdenciário precisa estar mais equilibrado, com uma renda maior para o idoso e, quem sabe, até aumentar o limite para a aposentadoria, o que poderia gerar polêmicas na população, mais um dilema a ser resolvido...
Mais fontes de pesquisa:
http://www.infoescola.com/geografia/estrutura-etaria-da-populacao/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_Brasil